A revolução feminista certamente não se dará por meio do cinema, mas a Sétima Arte tem papel fundamental ao difundir, inspirar e motivar várias gerações a debater sobre o assunto, já que o pensamento crítico é aliado do empoderamento. 

A pandemia e as sucessivas crises econômicas no Brasil afetam a maioria da população brasileira, mas não do mesmo jeito. Segundo o IBGE, enquanto a taxa de desemprego em 2017 entre mulheres não brancas era de 15,9%, para as mulheres brancas ficava em 10,6%. Já entre homens não brancos, o índice chegou a 12,1%, mas para os homens brancos registrou 8,5%. Note que na época já havia quase o dobro de mulheres não brancas desempregadas em relação a homens brancos.

Estudos da consultoria Catho revelam que as brasileiras ganham salários menores do que colegas homens em todos os cargos, áreas de atuação e níveis de escolarização, inclusive em segmentos ocupados por uma maioria feminina, como a Educação.

Na pandemia, além de sobrecarga de trabalho em duplas, triplas e até quádruplas jornadas, com fortes impactos na saúde mental e emocional  das mulheres, o confinamento só faz crescer os números de violência doméstica, já tão alarmantes no Brasil.

>>> Clique aqui para ver os resultados da pesquisa Profissionais da Catho 

Confira seleção especial do SINESP sobre filmes com ótica feminista

Clique nas imagens para assistir

A Sorridente Madame Beudet, de Germaine Dulac (França, 1923) 

Madame Beudet (Germaine Dermoz) é uma dona de casa entediada e presa em um casamento sem amor, até que decide por fim ao sofrimento. É considerado um dos primeiros filmes feministas da história.

As Consequências do Feminismo, de Alice Guy Blache (França, 1906) 

Em uma sátira, a diretora mostra homens cuidando de casa e dos filhos e mulheres saindo para trabalhar e bebendo no bar. Isso no começo do século passado. Imagine o escândalo!

As Pequenas Margaridas, de Vera Chylitová (Tchecoslováquia, 1966)

Duas adolescentes chamadas Marie resolvem imprimir sua marca no caos que as rodeia.

Exploda Minha Cidade, de Chantal Akerman (França, 1968) 

Primeiro trabalho de Chantal Akerman, já com forte viés feminista.

Mar de Rosas, de Ana Carolina (Brasil, 1977) 

Mar de Rosas é a história de uma mulher que, após assassinar o marido, foge com a filha, mas tem que lidar com as consequências de seus atos e com as manipulações e tensões dos envolvidos na trama. 

A entrevista, de Helena Solberg (Brasil, 1966) 

O documentário tem como base entrevistas feitas com jovens de classe média alta sobre suas aspirações em relação ao casamento, sexo, profissão e submissão ao marido. Mesmo aquelas que se consideravam mais "modernas" revelam que ainda mantêm o viés conservador na idealização do papel feminino. Escrito, dirigido e produzido por Helena Solberg, a única mulher a participar do Cinema Novo, movimento artístico de crítica à desigualdade social que predominou entre os anos 1960 e 1970. 

Simone de Beauvoir, uma mulher atual, de Dominique Gros (França, 2007)

Lançado mais de 30 anos após a morte de Simone de Beauvoir (1908-1986), esse doc reúne imagens raras e entrevistas da escritora de Segundo Sexo (1949).

VEJA TAMBÉM:

>>> SINESP Paradiso Cinema na Pandemia: Sete filmes Para Gostar de Ler - Mundo Antigo

>>> SINESP Paradiso Cinema na Pandemia: Sete filmes para abrir o apetite

>>> SINESP Paradiso Cinema na Pandemia: Sete filmes com espírito revolucionário

>>> SINESP Paradiso Cinema na Pandemia: Sete filmes para eternizar as ruas de SP

>>> SINESP Paradiso Cinema na Pandemia: Sete filmes com olhar feminino

0
0
0
s2sdefault