Na terça-feira, 18 de abril, o CFCL-SINESP, representado pelas Dirigentes Sindicais Alcina Carvalho Hatzlhoffer e Maura Maria da Silva, acompanhou os filiados em uma visita guiada ao icônico Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Na programação, três exposições: Acervo em transformação, Mahku: mirações e Carmezia Emiliano: a árvore da vida.
Acervo em transformação reúne arte contra o silenciamento histórico
A impactante escultura Amnésia, de Flávio Cerqueira, recebe os visitantes que chegam ao Masp. Extremamente adequada aos debates de nossos tempos, a estátua de bronze representa uma criança — em dimensões reais — que derrama tinta branca sobre o corpo, mas não consegue cobri-lo totalmente. A escultura é apenas um aperitivo do que está por vir.
Os famosos cavaletes transparentes de Lina Bo Bardi sustentam quadros de artistas brasileiros que, durante muito tempo, tiveram a produção artística silenciada e foram excluídos de grandes exposições. Felizmente, hoje em dia é possível fazer uma imersão na arte valiosa de nomes como Maria Auxiliadora, Agostinho Batista de Freitas, Albino Braz, José Antônio da Silva e Rafael Borjes de Oliveira que, com toda a justiça, dividem o espaço no Masp com brasileiros consagrados como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Candido Portinari e Victor Meirelles e com grandes nomes da arte mundial, como Rafael, Ingres, Van Gogh, Cézanne, Renoir, Monet, Picasso e vários outros.
A Dirigente Sindical Alcina Carvalho Hatzlhoffer falou sobre a importância de arte e realidade se conectarem em críticas sociais que ultrapassam gerações: “Durante toda a visita, para além da contemplação, pudemos perceber a potência de contestação que as obras nos proporcionam como, por exemplo, as fotografias de Sofia Borges, que contribuem para uma nova visão da obra A bailarina de catorze anos de Edgard Degas, realizando um paralelo entre a violência vivida pelas bailarinas do século XIX e a atual realidade das mulheres vítimas de violência — agravadas no período da pandemia de Covid-19 — e de movimentos antirracistas, de diferenças de classes sociais e gênero”.
Mahku e Carmezia Emiliano mostram o Brasil sob a perspectiva indígena
A imersão na pluralidade de obras e territórios que formam o Brasil se completa na visita ao Masp com as exposições Mahku: mirações e Carmezia Emiliano: a árvore da vida.
Essas exposições dão subsídios para a ampliação do olhar e convidam à reflexão acerca da valorização da arte indígena e da luta dos povos originários contra a falta de espaço para a apresentação de sua rica produção cultural.
Pinturas, gravuras, desenhos e esculturas mostram a rica realização artística das etnias Huni Kuin, que vive no estado do Acre, na fronteira com o Peru, e Macuxi, natural do estado de Roraima.
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