O CFCL Benê do SINESP acompanhou um grupo de filiados em uma visita guiada à Caixa Cultural São Paulo. No roteiro, os visitantes acompanharam as peças hiper-realistas do artista plástico paulista Giovani Caramello e obras que retratam a influência africana na produção artística de Brasil e de Cuba.
No dia 30 de janeiro, a dirigente sindical Alcina Carvalho Hatzlhoffer acompanhou um grupo de filiados em uma visita guiada às exposições Hiper-realismo no Brasil e Mamáfrica – Ancestralidades africanas no Brasil e em Cuba.
Hiper-realismo de Giovani Caramello
O trabalho do jovem artista plástico paulista, que tem curadoria de Ícaro Ferraz Vidal Júnior, encantou os filiados com dez esculturas que retratam, de forma espantosamente verossímil, crianças e adultos com a reprodução dos mais ínfimos detalhes. O silicone é o carro-chefe das obras, mas a produção também reúne elementos feitos em resina, cerâmica e bronze.
Influência da África na arte de Brasil e Cuba
A arte naïf — retratada pela primeira vez na França no século XIX, tendo como precursor o pintor francês Henri Rousseau (1844-1910) — é o ponto de partida para a exposição Mamáfrica.
A arte naif é representada pela produção artística que surge de forma espontânea, pelas mãos de artistas populares que o fazem de forma instintiva, sem influências acadêmicas, sem o emprego de técnicas que seguem tendências artísticas consagradas no meio artístico. Os artistas, autodidatas, tendem ao detalhamento de figuras em cenários, em construções planas e bidimensionais, com desprezo pela representação fiel da realidade, com o emprego exuberante de cores e pinceladas mais contidas.
Com essa influência, a mostra reúne 80 trabalhos de 68 artistas, 23 cubanos e 45 brasileiros de dez estados. Essa produção rica e surpreendente, que mostra a influência da ancestralidade africana sobre os artistas, ofereceu aos filiados grandes momentos de contemplação.
Entre as obras vistas pelos, destacaram-se a peça coletiva Africanidades, criada por 11 artistas do Coletivo Mulheres da Arte Naïf Paraíba, com uma representação visual feita sob a forma de colcha de retalhos, que simboliza a união de diversas influências socioculturais.
Outra peça que causou grande impacto foi a série de pinturas produzida por CODO, nome artístico de Clodoaldo Turcato, dedicada ao 2 de julho — independência da Bahia — e criada em homenagem à líder quilombola baiana Bernadete Pacífico, assassinada em 17 de agosto de 2023.
A dirigente sindical Alcina conta suas impressões sobre as exposições: “As peças hiper-realistas de Giovani Caramello nos recebem e nos indicam o caminho a ser percorrido, por meio de gestos e olhares. As esculturas de crianças, jovens e adultos nos fascinam pela riqueza de detalhes e nos fazem mergulhar numa reflexão sobre a vulnerabilidade humana. Não menos intensa é a exposição Mamáfrica – Ancestralidades africanas no Brasil e Cuba, que por meio da arte naif traz toda a força da cultura popular numa manifestação artística que contempla a história, a resistência e a transcendência da cultura africana no Brasil e em Cuba”.
Fique atento ao site do Sindicato e não perca as próximas visitas guiadas do CFCL Benê do SINESP.
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*Com informações de Caixa Cultural, todamateria.com.br, historiadasartes.com, doistercos.com.br e arqbrasil.com.br