Mais de 40 organizações, entre elas Centrais Sindicais, movimentos populares e estudantis, partidos políticos, tradições religiosos e entidades da sociedade civil, junto com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo propõem medidas "para proteger a vida, a saúde, a renda e o emprego"

A Plataforma Emergencial para Enfrentamento da Pandemia do Coronavírus e da Crise Brasileira, que conta com mais de 60 propostas, foi lançada na terça-feira, 31 de março. Os movimentos que a subscrevem vão entrega-la ao Congresso Nacional, aos entes federativos e ao judiciário.

As organizações também pautam medidas para diminuir as consequências da atual crise econômica e sanitária, uma vez que o próprio presidente da república atua contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O documento relembra que a atual crise econômica e política do país é anterior à epidemia e aponta que esta é decorrente das ações do governo, que foca apenas no setor privado e não valoriza o Estado como garantidor de direitos humanos e sociais.

O manifesto que estrutura a plataforma aponta que. _“O momento que atravessamos não tem precedentes na história recente. Não temos, nem ninguém tem, a receita mágica para superar essa situação. Nos pautamos pela defesa da vida, pela confiança no conhecimento científico e na consciência de que o egoísmo e o individualismo de nada valem para enfrentar essa crise. Todas as saídas passam pela submissão de interesses privados aos de toda a sociedade, pela ação coletiva, por união e solidariedade popular.”_

A preocupação com a falta de liderança do governo federal também preocupa as organizações. Para elas, “ao não assumir medidas eficazes contra a crise, o Governo Federal tornou-se a principal ameaça para a segurança e bem-estar da população brasileira.”

Também afirmam que “ao contrário de liderar a nação no combate à pandemia, o presidente da República atua abertamente para sabotar medidas de proteção ao povo brasileiro, na contramão das medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). São medidas simples como a quarentena, a universalização de testes da Covid-19, e a garantia de renda básica para trabalhadores e trabalhadoras que vêm sendo aplicadas na maioria dos países em todos os continentes.”

As propostas foram agrupadas a partir dos seguintes itens, explanados e desdobrados em subitens:

1. Condições básicas para salvar nosso povo

2. Promoção e fortalecimento da saúde pública

3. Garantia de Emprego e Renda para os trabalhadores

4. Proteção social, direito à alimentação e à moradia para todos

5. Direito à alimentação para todas as pessoas

6. Direito à moradia digna

7. Reorientação da economia e da destinação de recursos públicos

Veja AQUI a íntegra do documento publicado pelos movimentos sociais e entregues ao Congresso Nacional.

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