Nesse 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBT, o SINESP relembra e reafirma o princípio e as lutas aprovadas nos Congressos da categoria, que dão diretrizes para as defesas e ações do Sindicato em relação ao combate ao preconceito, à discriminação, à LGTBQIA+fobia.
Princípio:
Busca incessante de meios para combater o preconceito, a discriminação, o racismo, a xenofobia, a homofobia, a misoginia e a intolerância correlata, visando a valorização e o respeito à diversidade.
Lutas:
●Manutenção e fortalecimento pelo SINESP de formação, núcleos de discussão, campanhas e ações afirmativas contra todos os tipos de discriminação e preconceitos com referência a afrodescendentes, indígenas, migrantes, opção política, gênero e sexualidade, misoginia, idade e diferentes quadros de deficiência – intelectuais, físicas, auditivas e visuais. Contato com outras entidades que comunguem os mesmos princípios expressos no nosso movimento de luta, contribuindo para a implementação de ações que respaldem as políticas públicas.
●Pela criação na SME e nas DREs de núcleo de Educação, Gênero e Sexualidade, com número suficiente de educadores (as) e assessoria que dê conta do necessário processo de formação para as equipes escolares.
●Política permanente de formação dos educadores da RME para lidar com a multiplicidade dos educandos no que se refere a práticas religiosas, políticas e culturais, bem como no combate a quaisquer formas de preconceito e/ou discriminação.
Live do SINESP abordou direitos humanos e diversidade, temas atuais e relevantes que ganham urgência frente aos acontecimentos no Brasil e no mundo, com o recrudescimento do racismo, da LGBTQIA+fobia e da desigualdade.
Para o dirigente do SINESP Getúlio Márcio Soares, o Sindicato "entende que a luta pelos Direitos Humanos passa pela resistência a todo tipo de discriminação e pelo direito a existência da população LGBTI +. Nesse sentido, a live foi um ato de comemoração ao mês do Orgulho LGBTQIA+ e de luta." Assista..
A escolha da data de 28 de junho se deu em memória da Revolta de Stonewall, em Nova York, quando em 1969 LGBTs enfrentaram a repressão policial com muita coragem, união e espírito de luta contra a opressão. O conflito durou dias e dele nasceu a primeira Marcha do Orgulho LGBT naquela cidade.
Em 28 de Junho de 1969 estourou um movimento de resistência por parte de mulheres lésbicas e transexuais, gays e dragqueens (em sua maioria negros e latinos e de origem pobre), frequentadores do bar “StonewallInn”, em Nova York.
Neste dia, milhares de manifestantes rebelaram-se em relação às constantes e violentas investidas da polícia novaiorquina aos bares frequentados por essa comunidade, dando origem ao que se denominou “Levante de Stonewall”.
Três dias de revolta, com farta cobertura da imprensa e adesão de simpatizantes não-LGBTQIA+ deu origem ao ativismo inédito com uma visibilidade até então desconhecida na história.
Esse levante foi o estopim de outras manifestações em defesa dos direitos e visibilidade de grupos até então marginalizados. A partir desse evento foi dado início às paradas do Orgulho LGBTQIA+.
Há muito ainda a ser conquistado, especialmente pelo fato de o Brasil ser o país que mais mata LGBTQI+ do mundo, com uma vítima fatal a cada 19 horas. Situação que se tornou ainda mais dramática depois de 2018, com a eleição de um presidente que incita os ódios e, com suas colocações, autoriza e incentiva a ação de racistas, homofóbicos, misóginos, machistas e toda uma ordem de retrógrados carregados de violência.
Mas também é importante celebrar que, graças a essa militância, o STF no dia 13 de Junho de 2019 criminalizou a por 8 votos a 3 a conduta homofóbica e transfóbica, que passou a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por "raça, cor, etnia, religião e procedência nacional".