A iniciativa do SINESP de inovar com um encontro online para manter os filiados próximos e unidos com cultura e formação proporcionou um debate riquíssimo sobre amadurecimento na vida, com o Dr. Alexandre Kalache, e uma apresentação musical deliciosa com Patrícia Marx.

Nesse 24 de setembro de 2020, ano atravessado por uma pandemia de proporções inéditas para as gerações atuais, os filiados do SINESP ganharam um encontro carinhoso para preencher com formação e diversão esse momento difícil para todos, de distanciamento, isolamento e solidão.

ENCONTRO DE APOSENTADOS online foi uma inovação ousada que buscou oferecer, dentro das possibilidades atuais, o acolhimento a que os filiados ativos e aposentados estão acostumados na forma presencial.

Sempre próximo aos filiados

A Diretora Cultural do SINESP Norma Lúcia Andrade, que comandou o encontro, frisou que “nesse aniversário de 28 anos, que o SINESP completa no dia 26/09, fazemos o balanço de que multiplicamos, mas nunca deixamos de lado nossos princípios, sempre pensamos muito nos aposentados. Nesse sentido, no CFCL-SINESP temos um espaço privilegiado de acolhimento, conhecimento e de convívio.

O Presidente do SINESP Luiz Carlos Ghilardi afirmou, na abertura do encontro, que a Diretoria do SINESP se esforça e empenha para estar cada vez mais próximo dos filiados. “Nem a pandemia conseguiu parar os cursos, o jurídico, as atividades, já são mais de três mil atendimentos neste período, como os cursos de línguas e atividades como yoga e pilates que fazem sucesso online,” disse ele.  

Luiz convidou todos a contarem “sempre com o SINESP para ficar de bem com a vida, pois uma de nossas prioridades é seguir aprendendo e ensinando novas gerações, pelo exemplo, a enfrentar novos desafios.”

Benê, Vice-presidente do SINESP, também participou da abertura. “Eu queria estar abraçando todos, mas não tem jeito, essa pandemia trouxe várias coisas, desafios muito grandes para os educadores que tiveram que aprender a dar aula online e no caso do gestor foi maior ainda o desafio, porque além de trabalhar em home Office, teve que fazer plantão presencial nas únicas unidades municipais que ficaram abertas durante a pandemia”, disse ela. E lembrou que o SINESP recorreu “três vezes junto ao MP e também na Justiça Comum contra a abertura das escolas.“

Benê lembrou ainda que o SINESP recuperou a aposentadoria especial dos gestores e já ganhou mais de duas mil ações judiciais. E ressaltou o trabalho das pioneiras que saiam de porta em porta buscando alunos sem escola.

Veja a palestra do dr. Alexandre Kalache e a apresentação de Patrícia Marx

Passe sua vida a limpo

O SINESP sempre busca palestrantes com conhecimento e argumentação reconhecidos para refletir com os filiados. Foi o caso do Dr. Alexandre Kalache com a palestra “Covid, longevidade e qualidade de vida”.

Ele expôs a necessidade da adoção de políticas públicas que possibilitem qualidade de vida ao jovem de hoje, pressuposto para um envelhecimento saudável.

Para ele, a promoção da saúde deve ser vista no contexto da vida, do dia a dia, do ambiente em que a pessoa transita, do trabalho, do transporte que usa, do atendimento médico que tem ao seu dispor. Se há falhas, haverá consequências.

É preciso, portanto, prevenir hoje, e isso deve ser visto dos pontos de vista pessoal e do poder público. O resultado seria o que o Dr. Kalache chama de envelhecimento ativo. A atividade física é parte importante dele, mas não é só isso.

Trata-se de otimizar as oportunidades que surgem ao longo da vida, abraça-las e não as perder, para poder acessar os 4 pilares que sustentam o envelhecimento ativo, que são saúde, conhecimentos, participação social e segurança.

Nesse sentido, as políticas públicas a ser defendidas devem dar segurança e fazer com que as pessoas se sintam protegidas e possam ter um futuro seguro e saudável.

Determinante ainda, segundo o doutor, é ter proposito de vida, saber o que quer, como participar dela, como se envolver em todos os seus aspectos. Ou seja, pensar bem e procurar propósito, considerando que a vida não é mais uma corrida de 100 metros. Avanços na medicina e em outras áreas a tornaram mais longa, como uma maratona. Há 100 anos, a expectativa de vida do brasileiro era de 35 anos, hoje está em 77 anos. Quem tiver as melhores reservas internas vai ter condições de chegar melhor ao final, com resiliência.

É preciso, portanto, se preparar, encarar o envelhecimento estando de bem com a vida, pois uma vida longa e saudável pressupõe cuidados e dedicação, inclusive com questões relacionadas à personalidade, como não ser ranzinza, mas sim leve e cultivar o bom humor. “Envelhecer é bom, morrer é que não presta; aproveite para viver esse momento”, afirmou o doutor.

Ele lembrou ainda que o isolamento provocado pela pandemia está dando a oportunidade de passar a limpo, de fazer reflexões sobre a vida, exercer a “solitude”, que é um período de introspecção, um momento de ficar sozinho consigo mesmo e repensar e refletir, de estar bem.

Algumas filiadas que assistiam ao Encontro enviaram as fotos abaixo. A elas o agradecimento da Diretoria do SINESP.

EncontroAposentados 2 

0
0
0
s2sdefault