A partir de análise da situação atual da pandemia do Coronavírus, o Conselho Municipal de Saúde recomendou que não que não houvesse retomada do Ensino Presencial, o que não foi seguido pela Prefeitura de SP no retorno dos alunos do Ensino Médio, embora prefeito e secretário digam que vão seguir asdiretrizes da Saúde!

No dia 3 de novembro de 2020, as 9 Unidades Educacionais da Rede Municipal de São Paulo, além da Rede Estadual e Particular, tiveram a retomada das aulas presenciais.

A Instrução Normativa 39/20 de 23 de outubro de 2020 determinou o retorno dos alunos sem prazo mínimo de planejamento nem um olhar reaístico sobre as condições da Rede Municipal de Educação.

O SINESP efetuou, no dia 27 de outubro de 2020, reunião com Gestores Educacionais das Unidades que mantém o Ensino Médio na RME. Na mesma tarde esteve na Reunião Setorial da Educação e no Comitê de Crise da Educação da Cãmara Municipal. 

Confira o que foi tratado na Reunião Setorial da Educação - SME

Confira o que foi tratado no Comitê de Crise da Educação - Câmara Municipal 

 

SINESP analisa a situação com os Gestores

Em reunião com os Gestores Educacionais do Ensino Médio, o SINESP verificou o tempo exíguo, o desrespeito ao próprio protocolo quanto ao tempo para diálogo com as famílias, profissionais de educação, falta de professores específicos desde antes da pandemia e para o ensino remoto de áreas como sociologia, física entre outras

A declaração das Secretarias da Saúde e Educação de que a maioria dos alunos do Ensino Médio são de trabalhadores se torna inverídica, pois em consulta com as 9 Unidades Educacionais Municipal de Ensino Médio  o SINESP apurou que este índice não atinge 20% dos alunos. 

Consulta efetuada pelo SINESP aponta que  as Unidades da Rede que retornaram estão com um baixo número de alunos que retornam, sinal da consciência das famílias e do trabalho efetuado pelos CRECE e Unidades na orientação e acompanhamento das famílias. Os professores que estão em atuação tiveram que ser contratados ou chamados de outras Unidades, sendo mais um sinal da total falta de sintonia da Normativa com a Rede. 

 O SINESP enfatiza que é contrário à volta em 2020 e que a SME precisa ser responsável pelas decisões centrais e não transferir para as equipes gestoras.

Recomendação do Conselho Municipal de Saúde do dia 10 de setembro de 2020 já indicava o não retorno das aulas presenciais considerando:

1) número de novas mortes diárias no País, de acordo com a média móvel dimensionada pelo técnicos do consórcio de imprensa, vem se mantendo em um patamar extremamente alto, porém em estabilidade com tendência de queda não consolidada;

2) A curva epidemiológica ainda é estável, em um patamar alto, em todo o País, em particular na região metropolitana de São Paulo, onde o Município de São Paulo faz parte desse conjunto de cidades, que estão interligadas entre si

3) Sindicatos da Educação consideram temerário o retorno presencial à sala de aula dos alunos, devido questões arquitetônicas, ventilação, 

4) No Estado de São Paulo, em particular os profissionais da área de Educação, tem um grande número de idosos e/ou adultos com problemas crônicos de saúde, que pertencem a grupos de risco de Covid-19

O Conselho Municipal de Saúde - CMS aponta a necessidade de discussão ou consulta à sociedade através dos instrumentos de participação social nas políticas públicas (enquetes, consultas públicas, fóruns de discussão, assembleias escolares, etc.) para construção conjunta do planejamento seguro do retorno escolar. O SINESP em conjunto com o CRECE tem reinteradamente apontado esta falta de respeito ao diálogo e a construção coletiva. 

Confira o documento do CMS na íntegra

O aumento dos casos de contaminação trazem preocupação sobretudo em preservação das vidas. O aumento dos casos de internação de infectados pelo coronavírus nos hospitais particulares de São Paulo e o aumento dos casos na Europa e nos Estados Unidos parecem não sensibilizarem a Prefeitura de São Paulo 

Gestor Educacional, junte-se ao SINESP, que luta com você!

 

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