As entidades concluíram em seus debates que a categoria tem o direito de não retornar ao trabalho presencial nas condições atuais. Além das questões sanitárias, de saúde, médicas e das incertezas quanto ao comportamento do vírus, as UEs continuam com os mesmos problemas de antes. Não há garantia que não haverá infecção generalizada nas escolas.

Os dados dos boletins epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde evidenciam que a pandemia não está controlada. Mortes e mais mortes se acumulam em nossa cidade produto da ausência de verdadeiras políticas para seu enfrentamento como a proteção social da população para viabilizar um maior isolamento social, como o auxílio emergencial, por exemplo e principalmente a lentidão do programa de vacinação para Covid-19.  Na cidade de São Paulo os números são alarmantes. São 17.956 mil mortos e 584.221 mil pessoas contaminadas pela COVID-19, segundo o último boletim diário COVID19, em divulgado em 06 de fevereiro de 2021.

O Decreto nº 60.058, de 27 de janeiro de 2021, que autorizou a retomada das atividades presenciais dos estabelecimentos de ensino na Cidade de São Paulo, a partir de 01 de fevereiro próximo, inclusive liberando bibliotecas, laboratórios, atividades esportivas, funcionamento de refeitórios, cantinas e espaços administrativos, respeitados todos os protocolos sanitários e regulamentações pertinentes é uma peça de negacionismo. Deslocada da realidade da pandemia a gestão empurra crianças, suas famílias e os profissionais da educação para um processo de aglomeração e facilitação da transmissão da Covid-19. Tal afirmação é plenamente justificada pelo crescente fechamento de unidades educacionais recém reabertas, devido aos casos e suspeitas de contaminação e óbitos registrados na Rede pública e privada.

As entidades sindicais, que atuam no segmento da Educação na cidade de São Paulo, estão entre as primeiras que defendem o retorno à educação na forma presencial. O ensino remoto tem representado uma estratégia paliativa necessária, porém altamente estafante para todos os envolvidos. Mas ainda assim, temos o entendimento do lobby dos empresários da educação que defendem a reabertura das escolas se escondendo por trás da narrativa das vulnerabilidades e desigualdades desnudadas pela pandemia. E ao mesmo tempo discordamos da ideia de que o "equipamento educação" seja o polo aglutinador de soluções mágicas, em especial, porque o Poder Público, que seria o principal articulador de políticas intersetoriais, se nega a cumprir esse papel primordial na garantia de necessidades básicas das famílias, por meio de uma verdadeira Rede de Proteção Social. O nosso dever de ofício é exigir que o retorno aconteça quando houver CONDIÇÕES DE SEGURANÇA SANITÁRIA PARA PROTEÇÃO DA VIDA DOS ESTUDANTES, SUAS FAMÍLIAS E DE TODOS OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO.

SINESP, Sedin, Sindsep e Aprofem assinam carta conjunta para as famílias com o CRECE-Central: “REABERTURA DAS UNIDADES EDUCACIONAIS SOMENTE APÓS VACINAÇÃO EM MASSA!!” – Veja AQUI.

Live Unificada das Entidades Sindicais

Unificadas, as Entidades Sindicais promovem nesta segunda feira, às 19h00 Live sobre a mobilização de toda a categoria dos Profissionais de Educação em defesa a vida

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