O país chega a 13 milhões de casos e 330 mil mortes por COVID nesse 7 de abril de 2021, o Dia Mundial da Saúde, que em vez de celebração dá lugar à triste e revoltante constatação de que a saúde e a vida da população não são as prioridades dos mandatários eleitos para garantir o melhor para todos!

Por isso, em vez de celebração, tem-se o lamento pela situação em que o país se encontra e o chamado ao engajamento da categoria na Greve Unificada da Educação por escolas fechadas, com todos em home office até que sejam imunizados, em defesa da saúde e da vida!

Um dia pela saúde e pela vida

Conscientizar os cidadãos sobre a importância da preservação da saúde, por mais qualidade de vida, é o principal lema para a fixação desse dia na agenda internacional da Organização Mundial da Saúde – OMS.

Em 1946, logo após a destruição e a matança de 85 milhões de pessoas na 2ª guerra Mundial, por balas, genocídio e doenças, essa Organização se preocupou em propor um conceito para ampliar a ideia do que seria estar saudável. Definiu então que “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

O Dia Mundial da Saúde foi criado após essa conceituação pela OMS, em 1948, para alavancar uma campanha permanente de conscientização nas populações. A partir de 1950 passou a ser celebrado oficialmente no dia 7 de abril.

Celebração da morte?

É quase inacreditável que 73 anos depois, e com os enormes avanços e conquistas da ciência e da medicina nesses anos, o Brasil vivencie em 2021 o pior momento de sua história em termos de contágio e mortes por uma doença.

Virou letra morta a determinação do artigo segundo da Lei nº 8.080, de 1990: “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.”

O que os brasileiros vivenciaram com a chegada do novo coronavírus e da pandemia por ele provocada foi uma avalanche de absurdos: negação do perigo do vírus e da gravidade da doença (gripezinha), preservação da economia acima da vida, negação em adquirir vacinas e insumos, propaganda pelas autoridades de tratamentos com eficácia negada pela OMS e com efeitos colaterais graves, erros, omissões e irresponsabilidade que provocaram falta de oxigênio, de seringas e de medicamentos para intubação de pacientes, entre outros absurdos escandalosos e estarrecedores.

O sucateamento da saúde e a falta de investimentos veio à tona. Mesmo assim o SUS está salvando a população, atendendo cerca de 75% dos doentes. O sistema privado de saúde, acessível a 25% está população, também está mostrando seus limites e entrou em colapso devido à ação criminosa dos governantes. No momento, doentes morrem nas filas para as UTIs em praticamente todo o território.

Trabalhadores da educação estão expostos à contaminação

Os países que melhor lidaram com a pandemia apostaram no isolamento social e na garantia de renda para a população. Como a Nova Zelândia, com 2.500 casos e 26 mortes.

No Brasil negam-se as evidências mostradas pela experiência desses países. Mesmo governadores e prefeitos que aprovaram tardiamente restrições de locomoção e até lockdowns, falharam na comunicação, ignoraram a conscientização e sobretudo que sem auxílio e garantia de renda, é quase impossível convencer as pessoas a se preservarem, ainda mais com o governo federal pregando o contrário e num dos países mais desiguais do planeta.

Numa prova de que os governantes estão sob o guarda-chuva do poder econômico, quase todas as áreas foram colocadas no rol de serviços essenciais pelos governos, obrigando milhões de trabalhadores a manterem deslocamentos em transporte público lotados e atividades presenciais. Entre elas a educação, mesmo que abrir escolas mal estruturadas e desaparelhadas seja fator óbvio de contaminação, proliferação do vírus e mortes.

A situação dos Gestores Educacionais e outros trabalhadores da educação é ainda mais dramática. Obrigados a manter as escolas abertas e executar trabalhos de atendimento desde o início da pandemia, sequer tiveram direito ao isolamento social, a segurança e a garantias para a preservação da saúde e da vida.

Por isso o SINESP reforça o chamado a toda categoria a participar da Greve Unificada da Educação por escolas fechadas, com todos em home office até a imunização, em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores da educação e de toda a comunidade escolar!

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