O SINESP, sindicato de luta, participativo e propulsor de campanhas de relevância social, como o OUTUBRO ROSA, participa e divulga essa campanha como forma de ajudar a conscientizar para a importância da prevenção do câncer de mama e combater este mal que ainda coloca em risco, infelizmente, a vida de tantas mulheres no Brasil.

O OUTUBRO ROSA é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, tendo como objetivo contribuir com a redução da incidência e da mortalidade pela doença.

Neste ano, o mote é o autocuidado que vai muito além da estética. Para o Inca, é ter corpo e mente saudáveis e fazer dos hábitos de saúde parte da rotina diária. Isso para todos é importante, mas durante e depois do tratamento de câncer é fundamental. Praticar atividade física, ter uma alimentação saudável e manter o peso adequado ajudam a ter mais qualidade de vida. 

Além do diagnóstico precoce, que aumenta bastante as chances de cura, um estilo de vida saudável, consultas regulares ao mastologista e a realização de mamografias regularmente, principalmente para as mulheres acima de 40 anos, são também algumas das recomendações dos médicos do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Segundo o Inca:

  • Mais de 66 mil novos casos anuais de câncer de mama estão previstos no país até 2022. 
  • O câncer de mama ainda é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, sendo a mais frequente em quase todas as regiões brasileiras -com exceção da região Norte, em que o câncer do colo do útero ocupa ainda o primeiro lugar. 

Cuide-se e ajude outras mulheres a se cuidarem!

>>> Veja histórias de luta de companheiras do SINESP que conviveram com o câncer de mama e superaram a doença

Rosana Capputi Borges - Diretora de Eventos Educacionais do SINESP

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"Eu fiquei sabendo do câncer de mama em julho de 2014. Foi fazendo o autoexame durante o banho que eu observei que tinha algo estranho. Fui ao médico que imediatamente pediu os exames e não deu outra. Daí até iniciar o tratamento foi uma novela, na qual passei por todas as fases para aceitação da nova realidade.

Primeiro teve a fase de ignorar o problema, de não se conformar com o diagnóstico, de não acreditar no médico e procurar váriás opiniões de especialistas. Depois veio a prostração e o desânimo. Até que eu percebi que além de ser uma guerra contra a doença era também contra os meus medos. Daí em diante foi um longo processo de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e medicamentos diversos, que inclusive faço uso até hoje. A ajuda de amigos e familliares foi fundamental.

E hoje estou feliz, me reencontrando, me reinventando a cada dia, e tendo a alegria de viver e de LUTAR por tudo aquilo que eu acredito. O que eu poderia dizer às mulheres - e até para os homens também - é que de fato fazer exames regulares é muito importante para um diagnóstico precoce.

Para aqueles que estão com a doença, entender que a guerra só acaba quando termina. E, para os parentes, muita força e coragem para não deixar o outro desistir.

TUDO PASSARÁ!"

Selma Batista Bologna - supervisora administrativa do SINESP

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"Costumava fazer os exames de rotina mas a chamada mama densa impediu que a doença fosse diagnosticada no início. Quando percebi, já tinha um nódulo na mama direita que chegava a ser palpável. Veio a biópsia, o diagnóstico... Com ele, o medo, a insegurança até de colocar os pés no chão e perceber que a única saída seria reagir.

O tratamento foi rápido ,duas cirurgias, retirada da mama direita e o implante de silicone imediato. A estética ficou comprometida, mas neste momento a prioridade é a vida.

Foi um tratamento doloroso: quimioterapia, queda do cabelo, dores no corpo, fraqueza... sempre com o apoio da família e amigos, que me acompanhavam o tempo todo. Tive sorte de ter médicos dedicados e capacitados, meus anjos, e assim superei a primeira fase. Veio a plástica, a terceira cirurgia e a manutenção do tratamento que ainda duraria 5 anos.

Quando completou o quarto ano, o diagnóstico foi na mama esquerda, só que dessa vez bem no início, muito mais tranquilo. A retirada da mama esquerda, nem tanto pela necessidade, mas pela estética e prevenção. Era um nódulo muito pequeno, não precisou de quimioterapia e foi superado com tranquilidade. 

Ficou a lição que a prevenção e o tratamento precoce é o que conta na cura da doença. Para mim, a Fé em Deus, o apoio da família e dos amigos foram fundamentais. Hoje, me lembro de cada um, cada abraço, cada demonstração de atenção e carinho. Serei eternamente grata a todos"

Histórico:

O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990.

Todas as ações eram e são até hoje direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosa, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), partidas de boliche e etc.

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Acima o Elevador Lacerda, em Salvador (BA), na campanha do ano passado

A ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros e etc. surgiu posteriormente, e não há uma informação oficial, de como, quando e onde foi efetuada a primeira iluminação. O objetivo da campanha é disseminar informações sobre prevenção e tratamento desse tipo de câncer, o mais comum entre as mulheres no mundo todo, e também no Brasil. 

Neste ano, os monumentos públicos de Brasíllia foram todos iluminados:

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Congresso Nacional, em 2021 - Foto de Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Prevenção e o diagnóstico precoce são sinônimos de vida:

A importância da prevenção (através de hábitos de vida mais saudáveis) e do diagnóstico precoce do câncer de mama é o foco da campanha internacional Outubro Rosa. O SINESP acredita na importância do conhecimento frente ao medo e ao preconceito, por isso reforça a participação nesta importante campanha.

Se, no momento do diagnóstico, a doença estiver em estágio inicial, as chances de cura chegam a 95%. A nível mundial, a sobrevida média por cinco anos é de 61%.

A mobilização mundial também chama atenção para dados alarmantes. No Brasil, estimam-se 66 mil casos novos de câncer de mama, para cada ano do biênio 2020-2022,  de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Este tipo de câncer é o mais comum entre as mulheres no mundo e o segundo no Brasil, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano no País.

Mamografia:

Para mulheres entre 50 e 69 anos, a indicação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A recomendação, por parte dos médicos, é que a avaliação seja feita antes dos 35 anos somente em casos específicos.

Sintomas:

Durante o autoexame, é possível verificar se há indício de alguns dos sintomas, como presença de caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); e pequenos nódulos localizados debaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.

Autoexame:

O autoexame pode ajudar a encontrar precocemente nódulos. Mas para isso é necessário fazê-lo mensalmente, entre o 7º e o 10º dia após o início da menstruação (ou uma data fixa para as mulheres que pararam de menstruar) para poder notar qualquer alteração na mama. A qualquer sinal de alteração, procure um mastologista (médico especialista em mamas). Lembrando que esta técnica não substitui a mamografia, apenas auxilia na identificação precoce do câncer.

Como fazer o autoexame*:

No chuveiro ou deitada: coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.

Diante do espelho: inspecione suas mamas com os braços abaixados ao longo do corpo. Levante os braços, colocando as mãos na cabeça. Observe se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico. Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a. Observe se há qualquer alteração. Por fim, esprema o mamilo delicadamente e observe se sai qualquer secreção.

*Com informações do INCA – Instituto Nacional do Câncer

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