Guilherme Boulos foi o único candidato que assinou e entregou ao sindicato a carta construída pela Diretoria do SINESP junto com o Conselho de Representantes, entregue aos postulantes à prefeitura durante o 27º Congresso.
A educadora Cida Peres representou a candidatura de Boulos na reunião de RELTs. Levou a Carta do SINESP assinada pelo candidato assumindo compromissos e fez considerações sobre a importância e sobre o que está em jogo no segundo turno da eleição no dia 27 de outubro.
Defesa da gestão democrática
Cida ressaltou em fala aos RELTs a necessidade de defender, com o voto, a gestão democrática na prefeitura e em todas as instâncias da RME, principalmente na Secretaria e nas DREs.
Partiu da constatação de que o governo atual agiu de forma antidemocrática e antissindical desde as mesas de negociações setoriais e centrais até a forma de conduzir as políticas públicas e impor suas pautas usando a truculência e sua maioria na Câmara.
Na educação, o que se viu foi uma Secretaria descolada da realidade da RME, além de DREs focadas mais na fiscalização e na punição do que na formação e na qualificação, na organização, na articulação territorial e no apoio ao trabalho das equipes no atendimento das crianças e das famílias.
Na eleição para o executivo está em jogo a continuidade das diretrizes atuais ou uma administração diferente, que dialogue e negocie democraticamente e que valorize a educação e a categoria.
Câmara municipal terá composição mais privatista e conservadora
É importante realçar que o prefeito eleito terá a seu dispor, se for essa sua inclinação, uma bancada fortalecida para aprovar projetos que ampliam a ligação com o mercado financeiro.
Isso significa promover ainda mais a privatização da educação pública com gestão escolar por OSs, acordos e convênios com instituições privadas para gerir escolas, ampliação da rede parceira entre outras anomalias que podem aparecer, e também mais ataques aos salários, direitos, concurso, carreira e aposentadoria dos servidores públicos, como ocorreu nos últimos anos, e insistência na imposição de remuneração por subsídio.
Os partidos que defendem e propõem essas pautas mantiveram 37 cadeiras e tiveram ampliado o número de vereadores que apoiam também pautas extremistas como ideologia de gênero, violência policial e a promoção de valores conservadores. Representam um projeto de cidade excludente, desigual, voltada à satisfação dos interesses das elites econômicas, pobre em políticas públicas que atenda as necessidades da maioria da população com saúde, educação, transporte público, moradia, entre outros.
Por outro lado, os que defendem os serviços públicos, os direitos dos servidores e da população ficaram com 18 cadeiras, 25% do total, insuficientes para derrotar as investidas do grupo conservador e extremista, que tem 65% para aprovar seus projetos e os de um prefeito a ele alinhado.
É um cenário ruim para quem defende melhorias nos serviços públicos, educação e saúde públicas de qualidade, valorização dos servidores, fortalecimento do concurso e da carreira e fim do confisco previdenciário.
Veja AQUI a Carta do SINESP aos candidatos assinada por Guilherme Boulos assumindo compromissos com uma educação de qualidade, sem privatização e terceirização, com gestão democrática, diálogo e órgãos centrais funcionando a partir da realidade da RME e do diálogo com as equipes escolares.
O momento histórico é decisivo para o futuro da cidade e do país e exige a participação de todos na campanha e na votação do segundo turno no dia 27/10.