A prepotência e o autoritarismo não escolhem partido político. Prova disso é o tratamento truculento dado a servidores nas gestões dos prefeitos Dória (PSDB-SP) e Kalil (PHS-MG)

Truculencia BH 23 04 18No dia 23 de abril em Belo Horizonte, vimos o mesmo tratamento inaceitável, da parte de Kalil, que Dória já havia inaugurado em São Paulo em 14 de março. Bomba, gás lacrimogêneo e spray de pimenta, usados contra professores de Educação Infantil de BH que lutam por equiparação salarial com os de Ensino Fundamental (Assista vídeo da ação truculenta da Tropa de Choque para dispersar os professores  manifestantes). Fica patente que o diálogo está interditado e prejudicada a luta sindical legítima e necessária.

Covas, sucessor de Dória, já demonstra despreparo para dialogar com o servidor público. Isso ficou claro ao responder questionamento de concursada sobre o crescente avanço dos convênios na Educação Infantil, em detrimento da Rede direta e o consequente atraso na chamada de docentes. Com inegável tom prepotente e sem qualquer consideração pela falta de professores nos Centros Municipais de Educação Infantil e CEIs, o prefeito paulistano grosseiramente disse que ela “só olhava para o próprio umbigo” e transferiu a responsabilidade do governo para a munícipe, ao afirmar que se depender dela nenhum equipamento será criado. Esqueceu que tem o dever de planejar e entregar equipamentos devidamente preparados, e que boas escolas não são puxadinhos ou galpões com aluguel superfaturado pagos com o dinheiro do contribuinte.

Belo Horizonte e São Paulo, cidades distantes, governadas por partidos políticos distintos, cujos governantes adotam práticas semelhantes, desqualificam o servidor público, colocam a sociedade contra suas demandas, usam da força bruta no lugar do diálogo.

Por péssimos exemplos como esses, e fiel aos princípios que os Gestores Educacionais construíram ao longo de vinte e dois congressos da categoria, o SINESP não partidariza politicamente suas lutas. Isso possibilita ao Sindicato a independência, a confiança da base e a firmeza na luta pela valorização dos servidores públicos e por nenhum direito a menos, qualquer que seja o partido da vez. Governos passam e nós, Servidores, continuamos a oferecer serviços públicos de qualidade, a serviço da coletividade.

 

 

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