O Brasil em chamas

Nos princípios do SINESP, as questões ambientais sempre estiveram presentes. Por isso o repúdio à forma como o Governo Federal vem tratando essas questões e as queimadas na Amazônia e no Cerrado é uma consequência necessária e lógica.

Veja AQUI os princípios que serão validados no 23º Congresso da categoria, e as propostas de lutas a eles vinculadas que estarão em debate.

MeioAmbienteO governo Federal tem feito muito mais que desacreditar os relatórios do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Tem tomado medidas nefastas ao meio ambiente, como a retirada do serviço florestal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, IBAMA, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, passando-o para o Ministério da Agricultura (artigo 22, VI da Medida Provisória 870/2019), pasta dirigida pela líder da bancada ruralista na Câmara, Tereza Cristina (DEM-MS), também conhecida como “musa do veneno”.

Além disso, emite declarações que desautorizam o trabalho de Servidores encarregados da fiscalização e aplicação de penalidades administrativas ambientais, ou compensatórias, aos responsáveis pelo não cumprimento de medidas de preservação ou correção da degradação ambiental.

Com atitudes desse nível, sem compromisso nenhum com a preservação do meio ambiente, o presidente da República emite sinais favoráveis aos setores interessados em tirar proveito da destruição de biomas como a Amazônia e o Cerrado, para abrir espaço ao agronegócio.

O aumento exponencial das queimadas é parte desse contexto

Segundo dados do INPE, do início de janeiro até o dia 8 de setembro de 2019, o bioma Amazônia acumulou 53.025 focos de queimadas. No mesmo período do ano anterior, foram 36.509 focos. O aumento é de 45%.

No bioma Cerrado (Mato Grosso, Mato grosso do Sul e Tocantins), que inclui o Pantanal, a situação foi ainda pior. No mês de setembro foram registrados 7.300 focos pelo INPE, contra 6.200 no mesmo mês do ano anterior, um aumento de 44%. O aumento das queimadas no ano, até 31 de gosto, foi de 83% na região, com o número mais alto desde 2013, quando os registros começaram.

Pelo fim das queimadas

Esse aumento exponencial das queimadas nos últimos meses vai contra a preservação e recuperação do meio ambiente, necessário e com o objetivo de garantir a vida, a defesa das Áreas de Proteção Ambiental, áreas de mananciais, a proteção aos animais e a biodiversidade.

Fere também acordos internacionais em favor do meio ambiente, dos quais o Brasil é signatário, além de conferir imagem negativa ao país, com prejuízos às relações com parceiros comerciais e diplomáticos.

O SINESP, fiel aos seus princípios construídos e validados pelos Gestores Educacionais ao longo de vinte e dois Congressos da Categoria, denuncia e se coloca contrário à forma como o Governo Federal vem tratando as questões ambientais e as queimadas na Amazônia, a suas declarações e ações que reforçam a destruição ambiental no país.

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