O SINESP participou da manifestação de 8 de Março, na Avenida Paulista, parte do plano de lutas aprovado em assembleia da categoria. Por conta das orientações da Organização Muncial da Saúde (OMS), o ATO EM FRENTE À SME no dia 16 de Março foi suspenso, assim como o ato DE 18 DE MARÇO, também parte do nosso plano de lutas!
Nesse ano, as reivindicações históricas em defesa dos interesses das mulheres tiveram uma divisão de espaço mais marcante com o teor político do ato de 8 de Março. A defesa da democracia, frente ao claro ímpeto autoritário do governo e seu incentivo ao machismo, à discriminação e, em consequência, à violência contra as mulheres, foi o motivador central.
O perigo de retrocessos pelas ações e declarações do governo coloca a necessidade de defender as conquistas obtidas pelas mulheres ao longo dos anos. Prova disso é o crescimento da violência e do feminicídio, que é o assassinato de mulheres por motivação de gênero, ou seja, pelo fato serem mulheres.
Ganharam espaço, junto com a celebração dos avanços conquistados, as reivindicações históricas por igualdade de direitos e oportunidades, pelo fim das discriminações e violências, contra o machismo, o assédio, o abuso e também a censura e o fundamentalismo, preocupações recentes ligadas ao incremento do autoritarismo no cenário político brasileiro.
As pautas foram levantadas por representantes de organizações de mulheres, como a União Brasileira de Mulheres (UBM) e a Marcha Mundial das Mulheres, partidos políticos, de centrais e entidades sindicais, de educadores, de indígenas, de pessoas com deficiência, contra a pedofilia, cristãs, capoeiristas, pela legalização do aborto, entre outros.
A repercuti-las estavam mulheres trabalhadoras, indígenas, com deficiência, negras, imigrantes, donas de casa e um número muito expressivo de jovens, evidenciando o bem-vindo aumento da participação da juventude, que ganha coragem, enfrenta o medo e se atreve a falar e lutar nas ruas e espaços sociais!
A Diretoria do SINESP e um número expressivo de filiadas e filiados marcaram presença no ato, dando relevo à participação de uma categoria majoritariamente feminina como a de Gestores Educacionais em reconhecimento à importância da celebração do Dia Internacional da Mulher como uma data marcante.
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Protestos crescem em vários países
O tom político da manifestação de 8 de Março em São Paulo também foi visto em outros países, pareado com reivindicações de proteção contra agressões e igualdade de direitos.
O caso mais marcante foi o do Chile, onde uma multidão tomou as ruas de Santiago em marcha no Dia Internacional da Mulher. Mais de 2 milhões de pessoas participaram do ato, segundo organizadoras.
A marcha se concentrou na Praça Itália, centro da capital chilena, que se tornou um símbolo dos protestos que há quatro meses pressionam o governo de Sebastián Piñera e conseguiram mudanças práticas, como a convocação de um referendo sobre a elaboração de uma nova Carta Magna. A atual foi elaborada ainda na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Na Cidade do México, o foco das ações foi o aumento no número de casos de feminicídio. Na Argentina, o maior protesto foi marcado para a segunda-feira, e o tema principal promete ser a legalização do aborto, que tem apoio do presidente Alberto Fernández, mas enfrenta oposição de alguns setores da sociedade, como a Igreja.
A luta continua
Além de sua importância como dia de luta pela emancipação social feminina, esse 8 de Março foi um esquenta para as manifestações da semana seguinte, aprovadas em assembleia da categoria.
No entanto, o avanço da pandemia COVID-19 trouxe a necessidade de reavaliação nas normas para eventos com concentração de pessoas. Só que a luta continua e em breve poderemos nos reunir e mostrar aos governantes toda a nossa indignação e exigir respostas e providências do governo em relação às reivindicações da categoria.
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