A suspensão das aulas devido à pandemia de coronavírus pegou todos de surpresa e trouxe dúvidas, dificuldade e desafios incensados pela dubiedade e pela disputa promovida pelo poder público em suas várias instâncias.
Nesse pântano cinzento, faróis que iluminem a escuridão são mais que bem-vindos. Um deles está nos guias estruturados e difundidos pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
O terceiro guia é especialmente útil nesse momento de dúvidas, por tratar da adoção de modelo que, no mínimo, propagandeia o EaD como estratégia preferencial por governos no contexto de suspensão das aulas.
Em nota, a Campanha considerou o uso da EaD na educação básica como substituição às aulas de “equívoco em muitas dimensões”. Nesse sentido, para seus dirigentes, o guia de EaD é direcionado a:
- Comunidade escolar: professores, diretores e profissionais da educação;
- Família: mães, pais, responsáveis, tias, tios, primas, primos, avós, irmãs e irmãos mais velhos;
- Tomadores de decisão do Poder Público, especialmente das secretarias e conselhos de educação do país.
Capitalismo de dados, marketing e vigilância
Outra preocupação está na disponibilização de dados de milhares de cidadão, entre eles crianças, para grandes empresas de tecnologia, como a Google, num momento em que elas investem no recolhimento massivo deles.
Isso é grave, porque toda navegação online entrega informações do usuário às plataformas. Elas os manipulam com logarítimos cada dia mais sofisticados para ampliar o conhecimento de comportamentos, humores, gostos e movimentações. Vendem esses dados a empresas, e cada vez mais ao sistema político, e ajudam a personalizar e direcionar o marketing e definir padrões de consumo, ampliando a base de um capitalismo de vigilância e controle.
Nesse sentido, a Campanha alerta que a gratuidade de aulas online “costuma esconder modelos de negócio em que o lucro das empresas vem da exploração dos dados de seus usuários para ofertar produtos e serviços”.
Abaixo estão os acessos aos guias. Boa leitura:
ACESSE os GUIAS: