'Dia 03/05: massacre', diz uma mensagem pichada no banheiro de um colégio localizado na cidade de São Caetano do Sul, em SP. Caso também aconteceu em Alagoas e Distrito Federal
Nas últimas semanas, diversas escolas pelo Brasil, das redes pública e particular, vêm recebendo ameaças de massacres. No Colégio Universitário USCS, localizado na cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo, uma pichação encontrada no banheiro afirma que o suposto massacre acontecerá hoje (03).
Em uma postagem no Facebook, a mãe de um aluno pediu a outros pais para tomarem cuidado com a ameaça. “Este recado está no Colégio Universitário da USCS, em São Caetano do Sul, localizado a Rua Conceição, onde meu filho estuda. Se é uma brincadeira, é de muito mal gosto, se não, tomem muito cuidado”, escreveu ela. Nos comentários, outros pais também relataram que estão com medo.
Nas redes sociais, a instituição de ensino afirmou que “se antecipou e contatou a polícia para estar presente no local, já um dia antes”. “Repudiamos qualquer tipo de violência, ainda que seja em formato de ameaça. Esse tipo de atitude não deve ser tolerado e, se tomarmos conhecimento do responsável, devemos efetuar a denúncia nos órgãos competentes”, diz a nota da escola.
Um aviso parecido foi encontrado anteriormente no Centro de Ensino Médio 1 do Gama, ou CEM 01, no Distrito Federal. Em uma carteira escolar da unidade de ensino, foi escrita a seguinte mensagem: “dia do massacre: 20/04/2022”. Nas redes sociais, a escola esclareceu que todas as medidas de segurança foram tomadas.
“Diante de tantas fake news que estão circulando sobre nossa escola, esclarecemos que a única informação verídica é que havia uma carteira pichada com a ameaça de um ‘massacre no CG’ e todas as medidas de segurança foram tomadas. Portanto, ressaltamos que estamos com policiamento na nossa escola e as aulas não foram suspensas”, diz o comunicado, divulgado pela instituição de ensino.
Á CRESCER, a Secretaria de Educação do DF confirmou a ameaça, e disso que o caso está em investigação. "As polícias Civil e Militar foram acionadas para garantir a segurança. O caso está em investigação e a suspeita é de que foi uma brincadeira. O CEM 01 do Gama é uma das escolas mais tranquilas da região no que se refere à disciplina e, desde o retorno presencial, em 2021, não registrou nenhum episódio de violência. A Secretaria de Educação do DF implementou o Plano de Urgência pela Paz nas Escolas, que também envolve a conscientização dos estudantes, e episódios como esse tendem a diminuir", diz o órgão, em nota.
Outro colégio que enfrentou a mesma situação é o Agostiniano Mendel, localizado na zona leste da cidade de São Paulo. A pichação indicava que um possível massacre aconteceria no dia 28 de abril. Em nota enviada à CRESCER, a instituição de ensino informou que comunicou a comunidade escolar, reforçou a segurança e colaborou com a polícia civil. “As aulas no dia 28 de abril, data que constava na pichação, ocorreram normalmente com muita tranquilidade, assim como nos dias posteriores. Desde que o fato ocorreu, a equipe pedagógica vem conversando e orientando alunas e alunos de forma transparente, com a atenção que o assunto requer”, informou a escola.
A CRESCER também entrou em contato com a Secretaria de Educação de São Paulo para saber se houve outros casos relatados, e se alguma medida de prevenção está sendo tomada, além da investigação e punição dos autores das ameaças, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Outra ameaça em Alagoas
De acordo com informações do G1, um aviso escrito no banheiro feminino da Escola Estadual Professora Maria Avelina do Carmo, localizada no município de Traipu, em Alagoas, anunciava um massacre para o dia 02/05. Após uma aluna encontrar a ameaça e comunicar a diretora, a escola solicitou policiamento.
“No sábado, nós fizemos uma reunião com os pais e mães de alunos. Eu mesma conversei com alguns dos alunos para tentar identificar quem teria escrito o aviso e para saber se era algum tipo de brincadeira. Como não consegui identificar, pedimos o reforço da segurança”, informou a diretora da escola, Sandra Sena, em entrevista ao G1.
O original encontra-se em https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2022/05/escolas-brasileiras-relatam-ameacas-de-massacre-e-pais-se-assustam.html