O best-seller do momento — "A Geração Ansiosa", do psicólogo norte-americano Jonathan Haidt — demonstra uma tese para lá de convincente: a exposição excessiva a tablets e smartphones está envenenando a cabeça de crianças e adolescentes.
Desde 2010, casos de depressão e até de suicídio vêm explodindo nas primeiras faixas etárias dos países desenvolvidos, analisados no livro. No Brasil, reportagem da Folha de S.Paulo do último domingo aponta tendência semelhante: a taxa de pacientes de 0 a 14 anos com transtornos de ansiedade já supera a dos adultos.
A hiperconectividade, diz Haidt, é a principal causa desse fenômeno absolutamente preocupante.
Levando em conta os cada vez mais evidentes danos à saúde mental causados por smartphones e companhia ilimitada, até surpreende a demora para que o problema fosse tratado como o que realmente é: uma verdadeira epidemia.
Reduzir o tempo de tela para crianças e adolescentes é, antes de tudo, um imperativo de saúde pública. Mas, para além desse evidente bem maior, também pode ser uma necessidade econômica: garantir gerações futuras mais focadas - e produtivas.
Veja o texto publicado no UOL assinado pelo colunista Carlos Juliano Barros
Texto publicado na Folha de São Paulo: Registros de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos pela 1ª vez no Brasil
Piora em indicadores de saúde mental de jovens brasileiros reflete cenário constatado por best-seller, que culpa celular