Na reunião do Comitê de Crise Emergencial de 10/06, o SINESP enfatizou a exigência de que a vacinação seja realmente para todos, defendeu subsídios para o distanciamento social e para atendimento com segurança dos territórios educativos.
A 6ª Reunião do Comitê de Crise da Educação na Câmara dos Vereadores, em audiência virtual, reuniu membros, como o SINESP, vereadores e entidades, entre elas o MOVA e o Famílias pela Vida, no início da tarde de quinta-feira, 10 de junho.
A Secretaria Municipal de Educação foi convidada para a reunião, mas mais uma vez não compareceu.
Por conta disso, o presidente da sessão, vereador Eliseu Gabriel, vai convocar a Secretaria para a próxima reunião. Eliseu salientou ainda que o diálogo é importante para esclarecer as situações que se apresentam nesse período peculiar de pandemia, considerando que foi essencial para avanços no processo negocial da Greve.
A greve esta no momento final, na prática de assinatura do protocolo. A questão agora é buscar que esse protocolo contemple tudo que já foi discutido e acordado na ultima reunião presencial que foi realizada entre Sindicatos, Secretarias de Gestão, de Educação e Presidência da Câmara - que aconteceu na segunda feira, 7 de junho.
Na reunião do Comitê de Crise, o SINESP esclareceu aspectos principais do protocolo
A pandemia não está controlada. A vacinação é uma importante barreira, um escudo, para evitar que os casos fiquem mais graves, mas não é suficiente. Os protocolos existentes têm que ser seguidos, com aplicação respeitada e garantida pela prefeitura, e precisam ser rediscutidos para contemplar as especificidades de cada unidade educacional.
Antecipação do calendario vacinal para TODOS os profissionais de Educação - tivemos o anúncio dessa antecipação, mas ainda existem ajustes a serem feitos, como por exemplo, os profissionais que atuam nos Centros Educacionais Unificados (CEU), o pessoal que está em licença médica, tem uma questão de alguns que estão sendo demitidos, tem alguns profissionais terceirizados nas unidades educacionais, Mães POT, estagiários, entre outros ajustes a serem feitos.
Programa de Recuperação de Aprendizagem - Buscar construir conjuntamente um calendário de recuperação que não seja só de reposição das aulas e sim da aprendizagem e, no caso da educação infantil, do acolhimento também.
Suspensão de apenações, acusações e processos durante o período de greve.
Testagem sistemática - Que possa ser feita nas unidades de trabalho, pela saliva, pegando assintomáricos com essa rotina.
Sanitização das escolas e dos locais de trabalho - quando se tem casos de contaminação
Apoio ao ensino remoto - Não dá pra se pensar em todas as crianças agora na escola, por conta dos protocolos de distanciamento, então com a retomada dos profissionais da Educação às escolas precisa ser feita uma discussão sobre teletrabalho. O ensino híbrido tende a perdurar por algum tempo.
Majoração do cartão merenda - importante e necessário sobretudo nas comunidades mais periféricas.
Rediscutir os protocolos é essencial, de acordo com Christian de Mello Sznick, da Diretoria de Imprensa do SINESP e Coordenador do Conselho Participativo Mooca. Na reunião do Comitê de Crise, Christian reforça que os Grupos de Trabalho precisam pensar de uma forma geral, não só em calendário, mas em toda essa recuperação de aprendizagens, acolhimento.
O Diretor de Imprensa ressaltou ainda o importante trabalho do Comitê, tanto pelo olhar pela cidade como pelas importantes discussôes.
Cesta saudável
Ela vem para combater a insegurança alimentar e é muito bem recebida pelas famílias
Marcia Fonseca Simões, da Diretoria de Imprensa do SINESP e Presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), relata que mais um milhão e cem mil cestas saudáveis, compradas com verba do PNAE, que foi um trabalho também desse Comitê, estão sendo entregues nas escolas, e a devolutiva está sendo muito boa.
Confira as falas dos Dirigentes do SINESP
"Lá tem os perecíveis e os não-perecíveis. Os perecíveis são mais complexos, tanto na distribuição quanto na organização, mas são SAÚDE", frisa Márcia. Ela conta que a Secretaria está buscando afinar cada vez mais, indo até as escolas, acertando os pacotes de entrega, e já há cobrança dos pais por uma segunda entrega.
Comunidade Educacional se pronuncia no Comitê
Luka Franca, representante das Famílias pela Vida, confirmou que a chamada "cesta verde" foi muito saudada pelas famílias e considera novas edições da cesta muito importantes. Ela ressalta que solicitaram um detalhamento à Secretaria Municipal de Educação quanto às reformas estruturais feitas nas escolas por conta da pandemia, mas obtiveram uma resposta genérica, sem nenhum pormenor.
A mãe de aluno salienta que é preciso saber que unidades foram atendidas, que reformas foram feitas e como foi realizada essa vistoria. Luka também aponta que a questão da falta da internet ainda é um impeditivo nas comunidades e que a questão precisa de maior atenção.
Iraci Ferreira Leite, representante do Movimento de Alfabetização Popular de Jovens e Adultos (MOVA-SP), salienta que ainda há uma parcela importante das comunidades escolares apartadas do real olhar por SME.