O Congresso Nacional liderado por Arthur Lira mais uma vez mostrou seu alinhamento com o governo e contribuiu com seus projetos ao aprovar em dois turnos a PEC dos Precatórios (32/21), que caloteia servidores e entidades públicas e privadas para abrir espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022 e viabilizar o eleitoreiro Auxílio Brasil, que o governo quer como substituto do Bolsa Família.
E mais uma vez a desculpa é de que não tem de onde tirar recursos, uma mentira que esconde o apoio ao interesse e à pressão dos bancos para continuar recebendo religiosamente recursos do governo através do serviço da dívida.
Dessa vez foram 323 deputados a favor da PEC e 172, contra. Agora ela será analisada pelo Senado e, caso seja aprovada sem mudanças, será promulgada em forma de emenda constitucional e vira lei. Se os senadores promoverem qualquer mudança que acrescente ou retire algo do texto, a PEC voltará para a Câmara, onde será votada novamente.
STF barra orçamento secreto
Para aprovar seu projeto eleitoreiro o governo apelou para a compra de votos. Para tanto, ofereceu vários milhões a cada parlamentar em emendas. O dinheiro viria de um orçamento secreto por meio das emendas de relator, algo não oficial e que poderia ser usado sem restrição ou prestação de contas pelos deputados. Isso possibilita uma grande farra com dinheiro público e é corrupção, não?
Mas no meio do caminho do presidente apareceu novamente o STF. A Ministra Rosa Weber solicitou explicações, que não vieram, e encaminhou a suspensão da execução do tal orçamento secreto. Na terça, 9 de novembro, o pleno do STF confirmou o encaminhamento da Ministra por 8X2 e impediu a falcatrua governista. Nesse caso, palmas para o STF.
A luta agora é no Senado!
Vamos todos fazer PRESSÃO URGENTE para que os Senadores rejeitem a PEC do calote nos precatórios!
Veja AQUI como votaram os deputados. Marque bem os nomes dos vendilhões da pátria, dos direitos dos Servidores e dos Serviços Públicos e lembre-se: quem votou não volta!
Leia mais sobre a PEC 32/21: Calote nos precatórios para custear auxílio é casuísmo inaceitável.