Audiência Pública IN 24/2023

0
0
0
s2sdefault

Dirigentes Sindicais do SINESP compareceram nesta quarta-feira, 18 de outubro, à Audiência Pública da Comissão de Educação, Cultura e Esportes na Câmara Municipal de São Paulo que debateu a Instrução Normativa SME (IN) 24/2023, que reestrutura o Programa São Paulo Integral (SPI). Mais uma vez, a PMSP não enviou representante a um debate fundamental à educação pública municipal e mostrou não estar aberta ao diálogo com a comunidade escolar.

A IN 24/2023 impõe às Unidades Educacionais de Ensino Fundamental a implementação do SPI, passando por cima das decisões dos Conselhos de Escola e desrespeitando, inclusive, a Lei 14.660/2007.

Essa lei dispõe, no artigo 115, sobre a gestão democrática que deve ter “participação das comunidades internas e externas, na forma colegiada e representativa, observada a legislação federal pertinente” e, no artigo 118, atribui aos Conselhos de Escola as competências que deles foram tiradas pela SME com a imposição da IN, inclusive na garantia do direito de negar a implementação do programa nas Unidades Educacionais.

Ao impor a adoção do SPI, a SME tenta passar a imagem de estar prestando um bom serviço ao ensino municipal, mas, na verdade, ignora necessidades urgentes das Unidades Educacionais, que padecem com quadros de profissionais incompletos, trabalhadores adoecidos e que precisam lidar com uma administração pública que ataca a Gestão Democrática, pilar fundamental da educação pública do município.

SME foge do diálogo

Em sua fala na Audiência Pública, a Dirigente Sindical do SINESP Letícia Grisólio Dias criticou a ausência de representantes da PMSP no evento e enfatizou que era fundamental a presença de quem tem a obrigação de escutar a voz da população e dos profissionais que representam a Educação da cidade.

Letícia enfatizou que a administração pública tem desvalorizado o diálogo e apresentado decisões de forma verticalizada, sem consulta e nem respeito às decisões coletivas que pautam a Gestão Democrática, num total desrespeito aos profissionais da educação e às comunidades educativas.

A diretora do SINESP foi taxativa ao apontar que a IN 24/2023 desrespeita os colegiados das Unidades Educacionais e atropela o Inciso III do Artigo 3º da Portaria 5.916/2016, segundo o qual a adesão ao SPI deve ser feita por meio de manifestação da Comunidade Escolar, depois de ampla consulta a todos os segmentos envolvidos no processo educativo.

A representante do sindicato questionou quais seriam os motivos para a ampliação do SPI, “a toque de caixa” e de forma tão arbitrária e lembrou que essa decisão deveria ocorrer com vistas ao alcance das metas previstas no Plano Municipal de Educação.

Letícia também defendeu que uma política pública tão importante como o SPI deve ser amplamente debatida antes de qualquer decisão da administração pública e alertou que uma IN imposta, sem ampla discussão e com os módulos incompletos nas Unidades Educacionais, irá estourar como uma bomba no “colo” dos Gestores.

Em nome do SINESP, a dirigente defendeu a revogação da IN 24/2023 e defendeu, com veemência, a importância da Gestão Democrática dentro da gestão pública, condenando as tentativas da PMSP de enfraquecer os conselhos de escola constituídos de forma legal e legítima dentro das Unidades que compõem a Rede Municipal de Educação.

Confira a íntegra da fala da Dirigente Sindical do SINESP  na Audiência Pública da IN 23/2024

 

O SINESP está sempre na luta para a garantia e a ampliação dos direitos dos Gestores Educacionais e por uma educação pública e de qualidade!

Acompanhe o site, as redes sociais e o canal do SINESP no WhatsApp

.redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp linktree

JUNTOS SEGUIMOS MAIS FORTES!