SINESP oferece 150 vagas para ciclo de palestras intitulado “Por uma educação antirracista: o que Fanon nos ensina sobre educação”?
Formação certificada, homologada pela SME, ocorre entre abril e junho de 2024 pela plataforma EaD do Sindicato.
CICLO DE PALESTRAS: “Por uma educação antirracista: o que Fanon nos ensina sobre educação”?
Formato: Ensino a distância (EaD)
Ambiente virtual de aprendizagem: plataforma EaD do SINESP
Vagas: 150
Inscrições: Até as 10h de quarta-feira, 24/4.
Período: de 25/4 a 20/6
Carga horária: 16 horas de atividades síncronas
Data e horário das aulas síncronas: 25/4, 2/5, 9/5, 16/5, 23/5, 6/6, 13/6 e 20/6 sempre das 19h às 21h
Despacho de homologação: 24048, publicado no DOC de 4/4/2024, p. 146 (pdf).
Educação antirracista é peça-chave para uma formação emancipadora
O combate ao racismo em todas as suas formas é uma decisão congressual do SINESP, mas, ainda que não fosse, consiste em instrumento fundamental de transformação social e, portanto, item obrigatório no currículo das Unidades Educacionais e das ações formativas do Sindicato.
Uma sociedade focada na educação antirracista pavimenta o caminho para a igualdade e para equidade de oportunidades entre seus cidadãos, independentemente de etnia, gênero, crença religiosa ou orientação sexual.
Assumindo o compromisso firmado de ser um agente formador e multiplicador da educação antirracista, o SINESP preparou essa ação formativa para apresentar o pensamento de Frantz Fanon no entrecruzamento entre a crítica antirracista e sua potencialidade na prática da formação pedagógica.
Neste debate, é fundamental o questionamento do processo de descolonização das mentes e das práticas como ação de combate ao racismo nas sociedades, processo esse tenso e conflituoso.
Nesse contexto, a educação se mostra um espaço em que essa tensão ganha evidência em razão dos apagamentos históricos e epistemológicos presentes nos currículos, nas propostas e nas práticas educacionais, tanto na educação básica quanto no ensino superior, que só serão superados se o campo educacional e a produção científica se compreenderem como espaços que precisam descolonizar-se.
Frantz Fanon
Frantz Omar Fanon é um dos pensadores mais importantes do século XX. Psiquiatra, filósofo e cientista social, travou uma batalha intensa contra o colonialismo e o racismo, deixando uma das obras mais importantes para a educação antirracista e a emancipação do povo preto.
Na obra Pele negra, máscaras brancas, Fanon prega que o homem negro precisa descolonizar-se para viver com plenitude. O pensador pondera que o grande desejo do homem negro é “ser humano”. Em uma construção polêmica, mas muito bem embasada, Fanon opina que esse “ser humano” almejado seria, na verdade, uma “cópia” do homem branco.
Fanon nasceu em 20 de julho de 1925, na colônia francesa da Martinica. Durante a Segunda Guerra Mundial, esteve em combate pelas forças de resistência no norte da África e na Europa e foi condecorado duas vezes por bravura. Estudou medicina na França, onde especializou-se em psiquiatria. Foi diretor do Hospital de Psiquiatria Blida-Joinville, na Argélia, país onde juntou-se à Força Nacional de Libertação e lutou contra o colonialismo e o racismo. Tornou-se, então, procurado pelas forças de segurança em todo o território francês. Morreu em decorrência de uma pneumonia nos EUA, onde fazia tratamento contra uma leucemia, em 6 de dezembro de 1961, com apenas 36 anos.
Com informações de Portal Contemporâneo da América Latina e Caribe / USP.