Em Pernambuco, trabalhadores da Educação terceirizados como merendeiras, porteiros, vigilantes e auxiliares de serviços gerais ficam sem salários por 2 meses e são obrigados a parar as atividades, o que pode inviabilizar o funcionamento da escolas e o atendimento aos alunos!

Em Pernambuco, cerca de 20 mil trabalhadores terceirizados da Educação são atingidos pela falta de pagamentos desde o início do governo atual, há mais de 2 meses.  Alem das 600 merendeiras do Estado, o total de prejudicados chega a 20 mil trabalhadores, entre eles porteiros, vigilantes e auxiliares de serviços gerais.

Além dos salários, o pessoal também não recebeu ticket alimentação ou passagem de ônibus. Os que insistem em ir trabalhar estão pagando a condução e a alimentação do próprio bolso. Mas depois de dois meses sem o salário mínimo de R$ 1.302 pago pela empresa terceirizadora  Servitium, eles não têm mais como ir para o local de trabalho.

É o caso das merendeiras. Sem elas, e sem a merenda, as escolas têm o funcionamento também interrompido. A gravidade disso aumenta com a constatação de que, para diversas famílias de baixa renda, a alimentação fornecida na unidade educacional é uma das únicas do dia.

Terceirização não interessa para trabalhador e população

O que ocorre na Educação pernambucana desnuda as mazelas da terceirização nos serviços públicos. Essa alternativa para contratação de mão de obra foi constituída no capitalismo neoliberal para baixar custos dos empregadores.

Mas ao contratar empregados de terceiras, geralmente admitidos sem preocupação com a qualificação adequada e com salários menores do que os governos pagariam, o que se vê é queda da qualidade da mão de obra, que reverte no serviço ou produto oferecido.

Há ainda os riscos das empresas terceirizadoras burlarem a legislação e cometerem irregularidades com os trabalhadores.

O recente caso de trabalhadores em regime de semi-escravidão no Rio Grande do Sul, terceirizados para grandes vinícolas da região, expõe a que ponto podem chegar intermediários de mão de obra em busca de lucros máximos. Leia AQUI sobre esse caso. 

Ns serviços públicos, a terceirização só serve para prejudicar os trabalhadores e a população. Porque os valores repassados para as empresas terceirizadoras são os mesmos que seriam investidos em servidores públicos.

Portanto, é nada mais que um expediente para destruir a carreira pública, acabar com os concursos, desviar verbas públicas para empresas e interesses privados e criar canais de barganha para os administradores da vez, inclusive com grande espaço para a montagem de esquemas de corrupção.

Veja a publicação original no Portal UOL: Há 2 meses sem salário, merendeiras de escolas de Pernambuco paralisam atividades: "não tenho comida em casa"

Leia AQUI sobre os perigos do PL 573/21 para a Educação Municipal de São Paulo.

Veja AQUI sobre as irregularidades do convênio SME/Liceu Coração de Jesus.

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