No Comitê de Crise foram também debatidos outros assuntos como censo sorológico, vagas virtuais, prêmio da ONU sobre alimentação.
A luta do SINESP, pelo não retorno às aulas presenciais em 2020, tem sido reforçada em todas reuniões do Comitê de Crise da Educação. Não existem elementos que tragam segurança às vidas para um retorno este ano.
A testagem de todos Profissionais de Educação foi uma solicitação feita pelo SINESP e demais entidades sindicais ainda em abril junto a Secretaria Municipal de Educação. A retomada das reuniões setoriais teve este assunto pautado e em todos os momentos do Comitê de Crise.
As declarações recentes do Prefeito Bruno Covas e do Secretário de Educação Bruno Caetano sobre o retorno presencial desconsidera que o censo ainda vem sendo realizado na Rede Municipal de Educação, além das diversas situações de falta de estrutura de pessoal, condições físicas dos prédios escolares. Quem está desde março nos plantões presenciais não recebeu por parte da SME os EPI necessários para o trabalho, muitas Unidades Educacionais tem sido alvo de vandalismo por falta de segurança, equipes de limpeza estão incompletas e não consideram a realidade atual da pandemia (já não consideravam a anterior).
Na reunião do Comitê de Crise do dia 13 de outubro de 2020 o SINESP expôs a falta de organização por parte das Secretarias Municipais de Educação e Saúde no cronograma para a realização do censo sorológico, fragilizando este momento de verificação da RME. O Comitê Crise já havia encaminhado requerimento onde o SINESP tinha apontado a necessidade de toda a rede ter acesso aos dados de forma regionalizado, considerando a diversidade das regiões e distritos da cidade.
Outros assuntos debatidos no Comitê de Crise desta semana
A Dirigente Sindical do SINESP e Vice Presidente do Conselho de Alimentação Escolar Marcia Fonseca Simões compartilhou que o Ministério Público encaminhou um questionário as escolas para que apontem a estrutura da escola, para que o perfil possa ser levantado, fruto da reunião do Dialogo Social realizado no último mês pelo Grupo de Educação do MP, que teve a participação do SINESP no Debate.
Foi anunciado que o prêmio Nobel da Paz voltado ao Programa Mundial de Alimentos, em que está inserido o Programa de Alimentação Escolar. O PMA atende diariamente mais de 100 mil pessoas que estão em situação de extrema insegurança alimentar na garantia do direito humano à alimentação adequada (DHAA) contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, e no artigo 6º da Constituição Federal. No município de São Paulo, a universalização e o direito à alimentação dos bebês, crianças pequenas, adolescentes, jovens e adultos, durante este triste episódio do advento da pandemia, foi e tem sido uma das garantias que esse Comitê tratou de defender junto ao Poder Público. Foi definido que será encaminhada para a Comissão de Educação, Cultura e Esportes uma Moção de Júbilo e Congratulação ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, ora agraciado com o Prêmio Nobel da Paz de 2020.
O Dirigente Sindical do SINESP Christian de Mello Sznick expôs sobre as vagas virtuais nos Centros de Educação Infantil que cria uma antecipação das vagas de 2021 para o presente ano gerando vagas acima da capacidade da Unidade Educacional da rede direta ou parceira, com casos onde coordenadores pedagógicos tem assumido as atividades de cada bebê/criança, contrariando as atribuições do cargo. O SINESP já manifestou junto a diversas DRE e na reunião setorial com a SME sobre esta criação de vagas sem estrutura física e de pessoal além de criação de vagas na rede parceira que trazem maior custo a Educação sem um planejamento racional e educacional.
Foi solicitado que seja verificada a suspensão dos contratos de limpeza em pleno momento de censo sorológico e com plantões presenciais sem a devida higienização dos edifícios educacionais.
O Presidente do SINESP Luiz Carlos Ghilardi ressaltou que tem sido feita divulgação das reuniões do Comitê de Crise da Educação que tem sido importante espaço de diálogo e solicitou moção de louvor ao Dia dos Professores no dia 15 de outubro. Reinterou que o SINESP é pela não volta às aulas presenciais em 2020.
Confira a fala dos Dirigentes do SINESP e da CREP Vilany que estava acompanhando o censo sorológico
Comissão de Educação Cultura e Esportes
A reunião do dia 14 de outubro de 2020 trouxe o debate sobre a Reforma do Currículo do Ensino Médio com membros da Coordenadoria Pedagógica – COPED da Secretaria Municipal de Educação.
Foi uma reivindicação do SINESP e outras entidades junto ao Comitê de Crise da Educação. Contudo não se teve o espaço para manifestações de questionamentos junto aos representantes da Secretaria quanto a proposta que não teve a devida discussão junto a comunidade escolar e aos Conselhos de Escola e aos Conselhos de Representantes de Conselho de Escola.
O SINESP enfatiza que em defesa da Vida o Retorno somente em 2021.