Comitê de Crise Emergencial da Educação da Câmara realça que a realidade de cada Unidade Educacional precisa ser considerada em qualquer plano de reabertura.

Dr. Gonzalo Vecina afirma que o distanciamento social precisa ser aumentado nesse momento de ebulição da Covid.

Na reunião virtual do Comitê de Crise Emergencial da Educação do dia 08 de dezembro de 2020, o SINESP relembrou a realidade da Rede Municipal de Educação. Representado pelo seu Presidente Luiz Carlos Ghilardi e pelos Dirigentes Christian de Mello Sznick e Marcia Fonseca Simões, reafirmou as enormes dificuldades estruturais e de pessoal enfrentadas por grande parte das Unidades Educacionais.

O Dr. Gonzalo Vecina, presente na reunião do Comitê de Crise, defendeu a necessidade do aumento do distanciamento social de todos. Locais sem ventilação ou com ar condicionado não devem estar abertos.

Ele afirmou que a doença está em ebulição sem que uma vacina esteja disponível e que não tem como ter a imunidade de rebanho. Disse ainda que o aumento da contaminação trará o colapso ao sistema de saúde. E que os critérios para receber pessoas em qualquer ambiente deve ser a existência de ventilação abundante e não ter aglomeração.

O SINESP questionou o Dr. Vecina quanto à adequação do cronograma de vacinação apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo.

Para ele, o cronograma de vacinação precisa ser discutido pela sociedade, pela comunidade educacional, incluindo os Gestores Educacionais e as famílias.

Os critérios utilizados pelo cronograma estadual são os mesmos usados em outros países, porém eles não têm o mesmo grau de desigualdade que o Brasil.

Protocolos unilaterais

O SINESP expôs a necessidade dos protocolos existentes contemplarem as contribuições dos Profissionais de Educação e das famílias nas discussões dos Grupos de Trabalho, que não foram consideradas pela Secretaria Municipal de Educação.

E denunciou a realização das avaliações diagnósticas presenciais com uso dos Laboratórios de Educação Digital, não recomendados pelo próprio protocolo, com destaque à  falta de quadro completo de servidores e à proposta de distribuição de frutas para as crianças, o que contraria o próprio Manual de alimentação Escolar da Rede, ações estas que poderão levar ao aumento do contágio e contaminação dos profissionais de educação e da comunidade Escolar.

O Dr. Vecina defende uma luta para que o governo dialogue com a sociedade e considera que esta avaliação presencial agora não é adequada, pois o momento exige mediação de profissionais da saúde. O foco atual não deve ser a avaliação de aprendizagem.

Também defende que, quando for o momento do retorno das aulas, ele deverá se dar por fases e cada Unidade Educacional deve ser respeitada e ter suas especificidades consideradas. Todo o processo precisa ser pautado pelo amplo diálogo com todos os Profissionais de Educação e a Comunidade Escolar (ou seja, tem que ser Escola por Escola).

Vecina enfatiza que as Unidades Educacionais sem condições de qualquer tipo não deverão funcionar presencialmente, e que os profissionais de Educação pertencentes ao grupo de risco devem ficar em home office - segundo Vecina esse grupo deveria começar aos 50 anos. 

Confira o vídeo com as manifestações do SINESP e do Dr. Vecina

Avaliação Diagnóstica 

SINESP cobrou de SME novos esclarecimentos, sobretudo a partir das declarações à imprensa efetuadas no dia 08 de dezembro de 2020.

O Sindicato já encaminhara manifestação em 03 de dezembro à SME e, em conjunto com outras entidades, elaborou um documento no dia 4 de dezembro de 2020 exigindo a imediata suspensão desta medida equivocada de SME, de chamar os alunos para realização da Avaliação Presencial.

E cobrou a retomada da Mesa Setorial de Educação, uma vez que diversos temas de interesse da Rede não estão sendo debatidos como chamadas de Concurso, Organização 2021, Calendário 2021, Recesso 2020, PDE, e outras demandas da RME em defesa dos Profissionais de Educação e das Comunidades Escolares.

Confira o Documento Conjunto

O SINESP enfatiza que é contrário à volta às aulas presenciais em 2020 e que a SME precisa ser responsável pelas decisões centrais e não transferir os encargos para as equipes gestoras!

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