0
0
0
s2sdefault

Afirmações reveladoras nesse sentido vieram à tona em Audiência Pública realizada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados realizada no dia 11 de maio, em que deputados e convidados contestaram com argumentos contundentes as justificativas ilusórias do governo.

A Proposta de Emenda Constitucional, PEC 32, de reforma administrativa, está em análise por comissões da Câmara com ênfase do governo em sua aprovação e pode ser votada em breve, o que exige organização, mobilização e luta dos servidores em defesa dos seus diretos enquanto trabalhadores e da população enquanto beneficiária dos serviços públicos e estatais!

Mesmo sendo investigado por uma CPI que caminha para incriminá-lo por suas opções no trato da pandemia, e com sua credibilidade despencando, o governo, através do Ministro da Economia Paulo Guedes, encaminha reformas estruturais com viés neoliberal e privatizante e enorme impacto na estrutura econômica e social do país e na vida dos brasileiros.

Melhorias ou pioras?

O Governo parte de afirmações óbvias para defender sua proposta de reforma administrativa, como a importância de digitalizar e modernizar o estado a partir das novas tecnologias, de combater distorções e avançar na eficiência dos serviços. Mas não é isso que está na proposta.

Como ressaltaram vários parlamentares, o texto do governo não ataca privilégios e traz de volta o clientelismo e o patrimonialismo. Na verdade, é destrutivo para os direitos e as carreiras dos servidores e para a estrutura dos serviços públicos, o que resulta em enormes perdas para a categoria e para a população usuária desses serviços, justamente a maioria mais carente e necessitada.

O objetivo inserido no texto não é qualificar os servidores e os serviços. Não é servir melhor a população mais pobre. É diminuir a oferta de serviços públicos e estatais, em especial na educação e saúde, e ceder o controle à iniciativa privada.

Nesse sentido há, inclusive, a iniciativa do governo de instituir vouchers para as pessoas receberem dos governos para pagarem instituições privadas, numa transferência direta de recursos do estado para empresas.

E a destruição criminosa das estatais, que as leva ao descrédito, forma opinião na sociedade para a venda e as barateia para entregá-las como quer a iniciativa privada.

Escondendo a realidade

Em sua defesa da PEC 32, o governo esconde a realidade e difunde inverdades, como se todos fossem ignorantes e se ele, com maioria constituída para aprovar o que quiser, não tivesse que se preocupar com a verdade nem com explicações verossímeis.

Paulo Guedes, por exemplo, em sua fala da audiência pública, afirmou que a proposta é “bastante moderada”. Não é, quando se trata de destruir a oferta de serviços públicos como se dá hoje, transferindo-a para entes privados e realizada por trabalhadores precarizados.

Também disse que a proposta não atinge os atuais servidores, transforma o Estado e busca digitalização, eficiência, descentralização dos recursos e meritocracia nas carreiras. São afirmações falsas, por colocar como dependentes da reforma mudanças que podem ser feitas sem ela, como a digitalização e a descentralização. E ideológicas, que camuflam a real motivação dessa reforma, que é privatizar os serviços públicos e estatais, acabar com as carreiras e impor uma meritocracia injusta e selvagem, bem ao gosto dos neoliberais.

●Veja mais sobre a fala do governo na Audiência AQUI.

Licença para demitir e destruir

Em participação como convidado, o economista Eduardo Moreira destacou que a proposta não atinge os objetivos que o governo alega buscar. Serve apenas como uma licença para demitir os servidores, dando esse poder a pessoas que nada entendem das carreiras e da estrutura pública e estatal, e diminuir o estado e os serviços que presta à população, atendendo interesses do sistema financeiro e empresarial.

●Veja AQUI a fala do economista na audiência.

●Veja AQUI nota técnica do DIEESE sobre os efeitos da reforma administrativa para a sociedade brasileira

Tramitação

Depois de passar pela CCJ, a reforma administrativa ainda precisará ser analisada por uma comissão especial e pelo Plenário da Câmara, Se aprovada vai ao Senado, e depois para a promulgação do governo.

●Veja mais AQUI sore a tramitação de PECs.

●Veja mais e acompanhe a tramitação da PEC 32 AQUI.

Acompanhe o site, as redes sociais e o canal do SINESP no WhatsApp

.redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp facebook  redes sociais do sinesp linktree

JUNTOS SEGUIMOS MAIS FORTES!