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Sindicato reúne os Representantes dos Locais de Trabalho, lideranças locais da categoria, para informar sobre as lutas em andamento, abrir espaço democrático para escuta e expressão da realidade estrutural e das equipes da RME, para basear reivindicações, negociações, encaminhamentos e formas de organização, união e luta!

Os 223 RELTs que participaram da reunião de sexta, 22 de janeiro, expressaram com bastante representatividade a situação em que se encontram as equipes gestoras depois de um ano de trabalho em meio à pandemia e à desorganização da SME, superatarefadas e extremamente exigidas, e as estruturas das unidades da RME.

RELTs 22 02 21 Reuniao 10h00 Site

Reunião com RELTs das DRES JT, IQ, CS, CL, PJ, FB

RELTs 22 02 21 Reuniao 13h00 site

Reunião com RELTs das DRES BT, MP, PE, SM, IP, SA, G

Retorno das aulas presenciais

Essa realidade precisa ser expressada e publicizada, frente à afirmação da SME de que as escolas estão preparadas para reabrir.

Antes de tudo, ficou evidente na reunião que a maioria da categoria se opõe ao retorno das aulas presenciais nesse momento, em que a taxa de contágio em São Paulo é alarmante, de 1 para 25 casos.

Como afirmou em recente entrevista o Dr. Dimas Covas, Presidente do Instituto Butantã, se as aulas voltarem, o número de pessoas circulando na cidade vai aumentar muito, e do vírus também.

E diferente do que tem afirmado governantes irresponsáveis, as escolas são polos de contágio e de disseminação do vírus sim. Há vários relatos de contaminação em unidades, mesmo com poucas pessoas trabalhando. Entre elas de uma, em que um colega faleceu por Covid, e com o caso 12 outros funcionários foram diagnosticados positivo, deixando a dúvida se ele infectou os demais, ou foi infectado por algum assintomático.

Com as escolas cheias, o perigo será maior. O sentimento expresso na reunião é de que é um absurdo o governo querer a volta das aulas presenciais no momento em que a segunda onda chega perto do pico, com crescimento assustador de casos, sem vacinação garantida e com a rede hospitalar perto do colapso.

Postura da SME revolta

Depois de obrigar os Gestores a manterem as escolas abertas, abandonados e sem orientação, sujeito a ordens descabidas, muitos sem contrato de limpeza e vigilância, a SME decide por uma vistoria privada nas escolas, para apontar se há condições e o que é preciso para um retorno.

Os RELTs foram unânimes em questionar a postura de agora da Secretaria em relação ao trabalho dos Gestores. Ou se quer esconder a realidade que eles apontaram nas lives com o antigo secretário e é explícita no Retrato da Rede do SINESP há 12 longos anos?

O fato é que a SME que não ouve os Gestores, os sobrecarrega com tarefas exageradas e muitas inviáveis, agora faz pressão para que eles assumam o retorno e ainda quer colocar gente de fora para dizer se a escola tem condição ou não.

Além disso está apresentando argumentos abusivos nas reuniões com as equipes, até anticientíficos, para constranger a categoria e forçar uma reabertura, e usa uma Instrução Normativa de morte para jogar responsabilidades graves e absurdas sobre os Gestores.

Situação das equipes é grave

O saldo de um ano de pandemia é mais adoecimento físico e mental dos Gestores, que já era uma realidade imposta pela pressão e pelo excesso de burocracia.  E a SME agrava a situação ao continuar agindo sem consultar a categoria sobre as questões que envolvem o retorno.

As equipes estão desfalcadas, o que sobrecarrega ainda mais e praticamente impede que os Gestores façam seu trabalho de organizar a escola. Os RELTs relataram que os professores contratados pioraram a situação. Os Gestores não os conhecem, muitos não tem preparo, há falta de interesse e dificuldade de interagir com a escola e com as ferramentas digitais. Ou seja, mais dificuldade e trabalho.

Há muita incerteza, desorganização, omissão da SME e falta de orientações que permitam organizar qualquer volta. O quadro é dramático e o que as autoridades falam na mídia são mentiras e meias verdades forçadas, distante da realidade das escolas.

Situação das escolas

Não há como garantir que não haverá infecção generalizada nas escolas. Além das questões sanitárias, de saúde, médicas e das incertezas quanto ao comportamento do vírus, as escolas continuam com os mesmos problemas de antes.

O governo aponta o dedo e afirma que enviou dinheiro. Mas os recursos que vieram não dão conta da solução das muitas e generalizadas questões estruturais, como tamanho das salas, rotas de entrada e saídas, problemas nos banheiros, nos telhados, na ventilação, falta de pessoal, entre muitos outros que não podem ser resolvidos pela equipe gestora.

Além disso, as verbas vieram para todos ao mesmo tempo. Os fornecedores não dão conta de atender a demanda para questões básicas, quem dirá as estruturais.

Com isso, o roteiro de verificação in loco de protocolo de segurança para a volta às aulas é absurdo. Se for sério, nenhuma escola passa. E é bem capaz que a SME queira culpar os Gestores caso a unidade não esteja adequada.

Organização da categoria para a luta

Para a maioria dos Gestores, conforme expresso na reunião pelos RELTs, sem reformas estruturais, instalações de salas digitais e vacinação não há possibilidade de atender os alunos presencialmente. Um retorno precoce, sem garantia de segurança, saúde e vida seria um crime contra a categoria.

O SINESP concorda, vem defendendo essa posição desde o começo da pandemia e está focado nas necessárias ações práticas.

A principal é buscar a unidade e se organizar com os demais sindicatos da categoria para ter reivindicações, respostas e ações conjuntas. É inimaginável que um Sindicato sozinho consiga algum avanço relacionado ao retorno das aulas. Só uma diretoria irresponsável iria por esse caminho.  

O SINESP prioriza o esforço pela unidade da categoria na luta sempre. Por isso incentiva o Fórum das Entidades e outros espaços e meios de organização conjunta, como o Fórum das Centrais. Agora isso é mais necessário que nunca.

Nesse esforço já foram realizadas reuniões conjuntas com o novo Secretário Municipal de Educação, Fernando Padula e definidas reivindicações e posições conjuntas – veja AQUI.

Se a situação evoluir para a necessidade de uma grande mobilização, as decisões e ações terão de ser conjuntas e cada entidade sindical fará seus necessários encaminhamentos específicos.

Sindicato junto com sua base

A Diretoria do Sindicato continuará colada com os Gestores Educacionais, sua base de representação, dando voz a eles e efetivando a escuta democrática para compor suas ações.

A reunião com os Representantes Sindicais dos Locais de Trabalho foi um passo importante. São lideranças com capacidade para entender a situação das escolas, apontá-las e propor encaminhamentos. Também são fundamentais para informar e garantir mobilização entre seus colegas. São parte decisiva da organização sindical para as lutas.

A Diretoria continuará promovendo reuniões, debates e escuta para informar e levantar a situação da categoria e das escolas.

E fortalecerá o contato direto com as unidades, para conversar com as equipes e fazer e aprofundar o levantamento e a mobilização. Como sempre fez e continua fazendo, com todas as precauções que a situação pandêmica impõe.

VisitaEscolas

Dirigentes do SINESP em visita a Unidades e diálogo com as Equipes Gestoras em janeiro de 2021

 

A Diretoria do SINESP apresentou ações e lutas para os RELTs na reunião:

Sindicatos cobram da SME a vacinação dos profissionais de Educação.

Em coletiva, Secretários Municipais de SP anunciam detalhes para reabertura das escolas no dia 1º de fevereiro

SINESP enfatiza defesa à vida e condições seguras de trabalho em reunião com o novo Secretário de Educação, Fernando Padula

Liberação do PTRF atende parcialmente as demandas do SINESP, que mantém outras lutas em defesa dos Gestores Educacionais

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