O Comitê de Crise da Educação foi articulado pelo SINESP e demais sindicatos do setor e oficializado pela Comissão de Educação da Câmara Municipal de São Paulo.
Cumpriu o papel decisivo de abrir um canal para a categoria se expressar e provocar o debate das questões cruciais da Rede Municipal de Ensino no contexto da pandemia do novo coronavírus, privilegiando a vida e a saúde da comunidade escolar, decisivo devido à falta de interlocução do então secretário Bruno Caetano.
A mobilização dos Gestores é fundamental para que questões estruturais e de quadro, identificadas na pesquisa Retrato da Rede, realizada pelo SINESP há 12 anos, sejam levadas em conta em qualquer plano de reabertura das escolas.
A luta continua!
Com o descontrole da pandemia, que avança na maior parte das regiões do Brasil, e a mudança no comando da SME, agora com Fernando Padula, é urgente continuar os debates no Comitê de Crise. Ele é um instrumento para ampliar o protagonismo dos Gestores Educacionais no momento em que interesses econômicos pressionam por uma reabertura prematura das escolas, em pleno avanço da segunda onda, mesmo com a perspectiva, embora incerta, da vacina.
Diversas demandas precisam ser retomadas com maior vigor, seriedade e organização por parte da Secretaria Municipal da Educação, como suprir os módulos de pessoal, realizar as chamadas de concurso, atribuição e o processo de remoção que teve grande atraso em relação aos últimos anos.
Playlist com as Reuniões e as Participações do SINESP
Ações no Comitê de Crise
A movimentação para criar o Comitê teve início em março, assim que foi decretado o fechamento das escolas, tendo o SINESP como articulador, e reuniu especialistas e representantes de diversos sindicatos e vereadores, entidades de pais de alunos, de alimentação escolar, entre outros.
Bruno Caetano, então na Secretaria Municipal da Educação, se negara, desde o começo, a ouvir as demandas dos Gestores Educacionais, que entraram em plantão presencial desde o início da pandemia, na linha de frente em suas unidades, assumindo o protagonismo junto ao entorno, inclusive em ações solidárias, apesar da desorganização da SME.
O SINESP, junto com o Conselho Regional de Representantes dos Conselhos de Escola (CRECE) e o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), deu ainda mais visibilidade à realidade infraestrutural e de quadro das unidades educacionais do município, além de pontuar a posição da maioria dos pais na luta por uma volta às aulas apenas quando houvesse condições de segurança para todos.
A Universalização do cartão merenda, fruto da luta constante do SINESP no CAE e no Comitê de Crise da Educação com diversas cobranças à SME desde o início da pandemia, foi somente realizada às vésperas das eleições municipais, mas ainda tem questões que precisam ser ajustadas, como o prazo de cadastro online para acesso de mais famílias.
Clique aqui e confira aqui todas as reuniões do Comitê de Crise da Educação
Bandeiras de luta para 2021:
- Escuta dos profissionais da educação e familiares dos alunos da rede municipal;
- Ampliação da testagem sorológica para as crianças e profissionais da educação;
- Vacinação prioritária para profissionais da Educação;
- Retorno às aulas somente com condições sanitárias, estruturais, pedagógicas e psicossociais;
- Chamada dos concursados municipais para os diferentes cargos vagos da área da educação;
- Melhorar eficácia na distribuição de cestas de alimentos e do “Cartão alimentação”;
- Tratar da Educação das crianças até os 6 anos de idade como uma modalidade específica e única, que exige uma série de cuidados sanitários e pedagógicos que não se aplicam do mesmo modo aos demais alunos da rede.
CONFIRA AS ATAS DAS REUNIÕES DO COMITÊ DE CRISE DA EDUCAÇÃO NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO: